Já há alguns anos o uso medicinal da cannabis vem ganhando destaque nos principais veículos de comunicação de massa, face ao seu vasto poder de tratar sintomas de inúmeras doenças e diferentes condições neurológicas, dentre elas, o autismo.
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta as habilidades de linguagem, comportamento, interações sociais e a aprendizagem. Tecnicamente denominado de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Apesar de não ainda não haver comprovação científica, muitos são os estudos sobre a ação da cannabis no tratamento do autismo.
Depoimentos de pais/responsáveis de autistas que usam o oleo da cannabis no tratamento, conseguem identificar melhoras significativas na qualidade de vida, no comportamento, na linguagem, na funcionalidade e também na interação social, um ponto bem importante, já que os autistas demonstram mais dificuldades. A diminuição no número de convulsões, melhora no sono, o controle da ansiedade, irritabilidades, ataques de raiva, constipação e problemas digestivos são os sintomas onde, geralmente, são identificadas melhorias nos autistas que usam o oleo de cannabis.
Depois dessa breve introdução, venho compartilhar a história do nosso filho Jimi e o seu tratamento com o oleo de cannabis.
Diagnosticado como autista não-verbal desde 1 ano e 7 meses, ele começou as terapias de fonoaudiologia, psicoterapia e terapia ocupacional. Sem nenhum rastro de epilepsia, não existia a necessidade de remédios para tal.
Com o intuito de prover a ele uma melhor qualidade de vida, aos 3 anos de idade, ainda na condição de autista não-verbal, resolvemos optar pelo tratamento com o oleo de cannabis. Tal decisão, em parte, foi devida à capacidade de tal substância provocar a homeostase, ou seja, o pleno funcionamento do organismo e com isso a possibilidade de alcançar melhorias significativas no seu desenvolvimento.
Na época tivemos um pouco de dificuldade de obter informações com credibilidade sobre o tema e achar profissionais que realmente tinham domínio dessa medicina canábica aqui no Brasil. Pouquíssimas famílias compartilhavam suas experiências com a cannabis no autismo, mas sabíamos dos possíveis benefícios e isso nos deu ainda mais incentivo de buscar profissionais qualificados para começarmos o tratamento.
Passados 18 dias de tratamento com o oleo de cannabis, tivemos uma grande surpresa: Jimi começou a falar! E o curioso foi que ele não começou a aprender a falar e sim, começou a falar de repente, como se algo no organismo, ou na mente dele estivesse sido desbloqueado. Em contato com os médicos sobre o episódio da fala, eles foram unânimes de que ele já tinha aprendido a falar, mas por algum motivo, estava “bloqueado”. Não estou aqui dizendo que o oleo de cannabis é uma substância mágica (até poderia porque eu vi a “mágica” acontecer dentro da minha casa) mas é que, aliado às terapias que ele já fazia, o tratamento com o oleo de cannabis veio a proporcionar essa baita melhoria.
O resultado de tudo isso foi uma mudança total na vida do Jimi que, desde então, consegue se expressar e ser compreendido, o que tornou ele mais calmo e ainda passa o dia inteiro cantando.
Em tempo, o Jimi, assim como muitos autistas não-verbais, não precisava falar para a gente saber o que ele sentia, principalmente quando “emanava”o amor para conosco. Bastava aquele olhar verdadeiro e cheio de sentimentos, que já identificávamos que ele falava de amor. Mas assim como a maioria dos pais de autistas não-verbais, eu também tinha o sonho de ouvir ele dizendo “papai” ou “eu te amo” ou ainda um “papai, eu te amo” e hoje em dia eu realizo esse sonho diariamente, mas sempre com o mesmo gostinho de quando eu ouvi pela primeira vez!
A estrada ainda é longa mas temos a certeza que, no caso dele, o oleo de cannabis e as terapias, têm um papel muito importante como combustível no seu desenvolvimento.
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